Cinema Mon Amour

Friday, January 26, 2007

Uma Noite no Museu


UMA NOITE NO MUSEU

“Night at the Museum” (2006, EUA) de Shawn Levy. Com Ben Stiller, Dick Van Dyke, Mickey Rooney, Jake Cherry, Bill Cobbs, Ricky Gervais, Carla Gugino, Mizuo Peck, Robin Williams, Kim Raver, Patrick Gallagher, Rami Malek, Pierfrancesco Favino, Steve Coogan, Owen Wilson.


Cinema, como sétima arte, deve ser tratado como um fundamental veículo para a transmissão de mensagens, divulgação de pensamentos e o mais acessível das formas de cultura e arte que conhecemos. É triste ver quando um longa, que custa o trabalho de centenas de pessoas por meses, e se resumir a um grande nada, que só emburrece o espectador, como em O Dono da Festa 2, que por sorte ficou só 1 semana em cartaz no cinema de Campos.

Mas quem disse que cinema não pode ser diversão? É o caso de Uma Noite no Museu, que estorou nas bilheterias americanas e foi o primeiro filme a alcançar no Brasil a marca de um milhão de espectadores, e já chega perto do segundo milhão. É o filme certo na hora certa, de férias escolares e com as crianças talvez já ficando cansadas de cópias de Harry Potter e os mais novos filmes dos mesmos ídolos dos “baixinhos” de 25 anos atrás.

Se trata de um filme ágil, divertido e que acaba ensinando um pouco de história, mesmo sem se aprofundar em nenhum dos personagens retratados no Museu de História Natural de Nova York. Eles sofrem de uma maldição que fazem com que a noite, ganhem vida e perambulam pelo museu, como se tivessem vivos ainda. Desde de um tiranossauro até Átila, o Huno, passando por bonequinhos de caubóis e soldados romanos, todos acham que ainda estão na sua época e acabam atazanando o trabalho de um novo guarda noturno (Ben Stiller), que estava esperando moleza e tranqüilidade.

Se o roteiro não é nenhum primor de escrita, trazendo velhos clichês — como um romance desnecessário e o pai tentando fazer o filho se orgulhar dele — e a direção vacila muito, principalmente no começo, quem segura o filme e faz dele um espetáculo agradável são os atores. O sempre simpático (e por enquanto nada mais) Ben Stiller carrega bem o filme, com pitadas de humor ao longo da aventura.

Mas o show é mesmo dos coadjuvantes. Owen Wilson (cujo nome não aparece nos créditos) e Steve Coogan fazem uma excelente dupla como inimigos mortais mas que acabam se reunindo em prol de um objetivo comum; Ricky Gervais (do “The Office” britânico) rouba todas as (poucas) cenas em que aparece, como o chefe metido a humorista; Robin Williams confirma o carisma que tem como Teddy Roosevelt, o único personagem que parece estar disposto a ajudar o guarda. E é interessante notar também a presença de Dick Van Dyke e Mickey Rooney, em claros papeis “de homenagem”, merecedíssima.

Curiosamente antes da sessão, eu tinha assistido a um filme de 1940 “Meninos da Cidade”, estrelado por um jovem Rooney. Claro que a aparência mudou e muito, mas é engraçado ver que certos trejeitos ainda continuam, como se não tivessem passados 66 anos.

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