Cinema Mon Amour

Friday, January 02, 2009

Marty



MARTY



“Marty” (1955, EUA) de Delbert Mann. Com Ernest Borgnine, Betsy Blair, Esther Minciotti, Augusta Ciolli, Joe Mantell, Karen Steele, Jerry Paris.


Marty tem lugar na história do cinema já que em 1956 se tornou o primeiro filme, a vencer o Oscar e a Palma de Ouro, no Festival de Cannes, que tinha conquistado no ano anterior. Mesmo assim, estranhamente não é muito lembrado meio século depois, provavelmente por ser um pequeno filme, centrado somente em seus personagens.

A história é baseada num teleteatro, operação famosa na década de 50 nos EUA. Marty (Ernest Borgnine) trabalha como açogueiro no Bronx e vive com sua mãe (Esther Minciotti), enquanto vê seus irmãos mais novos se casarem, e a pressão cada vez maior da família para finalmente subir ao altar. Num sábado a noite, para agradar sua mãe, ele vai a um salão de dança, e lá, acaba encontrando a igualmente solitária Clara (Betsy Blair) e um futuro mais alegre parece tomar lugar na vida de Marty.

Borgnine é o grande destaque deste filme pequeno, mas emocionante. O roteiro é sincero e retrata bem a pressão que o protagonista sofre por sua família e vizinhança italiana para finalmente se casar, enquanto começa a vislumbrar um prospecto de morrer solteirão, assim como também acerta na reação das pessoas mais próximas de Marty, quando Clara entra em sua vida. O ator está perfeito em todas as cenas, compondo o personagem de forma arrebatadora.

A maior falha do roteiro é como ele conclui a história, de forma muito rápida, e sem desenvolver plenamente os personagens coadjuvantes, especialmente a família de Marty, que ficam em primeiro plano. A direção do estreante Delbert Mann acerta na mão, com belas cenas entre o casal, seja na varanda do salão, ou pelas ruas de Nova York, com a cidade sendo filmada de uma maneira belíssima.

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