FESTIVAL DO RIO I

ESBOÇOS POR FRANK GEHRY

“Sketches of Frank Gehry” (2005, ALE/EUA) de Sydney Pollack
Sydney Pollack envereda aqui no gênero documentário, aonde raramente já pisou, se já o fez um dia. Faz um bom retrato da arquitetura, apresentada aqui como uma “arte funcional”, aonde se deve existir liberdade criativa, mas ainda obedecendo a certos critérios e leis. É um deleite para estudantes e amantes da área, pois testemunhamos o processo de criação dos prédios, desde as idéias em rascunhos até o trabalho já pronto.
Porém, o que atrapalhou certamente é a amizade que existe entre o documentarista e o documentado. Ao invés de um estudo profundo sobre quem foi e é esse homem, vemos apenas suas grandes obras e até críticas feitas tem o propósito de aumentar ainda o status de Gehry no mundo atual. A vida pessoal dele ficou renegada, e nunca foge do esquemático. Apesar disso, cumpre seu papel, até porque não possui grandes pretensões como cinema.
------------------------------------------------------------------------------------------------
UMA COISA TODA NOVA

“Whole New Thing” (2005, CAN) de Amnon Buchbinder. Com Aaron Webber, Robert Joy, Rebecca Jenkins, Daniel MacIvor, Kathryn MacLellah, Drew O’Hara, Ryan Hartigan, Geordie Brown, Callum Keith Rennie, Jackie Torrens, Hugh Thompson.
Um filme bobo, idiota e sem qualquer noção de realidade atravessando as personagens e suas ações. O roteiro apresenta personagens estereotipados, os denominando de “liberais”. Dois pais meio hippies após educarem seu filho gênio de 13 anos em casa a vida inteira, decidem o enviar para a escola, e assim, se integrar à sociedade e lá ele se interessa por um professor de literatura. Tudo soa muito falso, e a direção é incompetente ao extremo, criando em alguns planos ridículos e nunca conseguindo lidar com toda a farsa criada, auxiliada ainda por uma estranhíssima trilha galesa. O estreante Aaron Webber não consegue achar o tom da personagem principal, em atuação apática.
-----------------------------------------------------------------------------------------------

11 HOMENS DENTRO DO CAMPO E FORA DO ARMÁRIO

"Strákarnir okkar" (2005, ISL/FIN/RUN) de Róbert I. Douglas. Com Björn Hlynur Haraldsson, Lilja Nótt Þórarinsdóttir, Arnaldur Ernst, Helgi Björnsson, Sigurður Skúlason, Þorsteinn Bachmann, Björk Jakobsdóttir, Pattra Sriyanonge, Marius Sverrisson, Jón Atli Jónason, Jóhann G. Jóhannsson
Simpática comédia islandesa sobre os problemas que um jogador de futebol da liga amadora da Islândia tem ao anunciar para uma revista que é gay, desde a relação com o seu filho adolescente, à ex-mulher alcoólatra e o pai que é técnico do time de futebol a qual ele joga, até ir para um outro time e gradualmente formar um time só de gays. Aí que o filme deixa a bola cair de vez, perdendo toda a ligação que tinha feito com a personagem principal e os coadjuvantes, para se focar num assunto que não é bem trabalhado. A primeira parte tem um roteiro ágil, com cenas engraçadas (a do jantar de família por exemplo), mas ao final, o texto fica similar com a parte técnica: Muito fraca. A fotografia é muito escura, com uma cena não se enxergando quase nada, a montagem deixa a desejar em alguns princípios básicos, e ainda há sérios problemas de continuidade. Mas as atuações ainda são competentes (em especial Lilja), e algumas cenas ainda salvam o filme, além de ser uma rara oportunidade de acompanhar o cinema islandês.
(Filmes já vistos e a serem postados: Ruído, Nós Alimentamos o Mundo, A Scanner Darkly, O Inocente, The Wind that Shakes the Barley, Um Longo Caminho, Um Dia de Verão)
0 Comments:
Post a Comment
<< Home