Festival do Rio IV

RUÍDO

“Ruído” (2005, URU/ESP/ARG) de Marcelo Beralmío. Com Jorge Visca, Jorge Bazzano, Mariana Olázabal, Lucía Carlevari, Miquel Sitjar, Eva Santolaria, Josep Lineusa, Femí Casado.
Um filme bizarro, não convencional e muito delicioso sobre um pobre coitado rejeitado pela esposa, pelos chefes e por todas as outras pessoas a sua volta, que de repente vira um dos dois únicos Fiscais Municipais do Barulho em Montividéu. Entre suas novas companhias, o chefe que nunca tira o uniforme (aqueles laranjas, parecidos com de gari) para nada, Irene, uma herdeira despreocupada e uma menina com uma missão a cumprir na cidade. O filme se desenvolve muito bem até um final que ao mesmo tempo é previsível, inesperado e forte. A cena que fecha o filme principalmente é impactante.
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UM DIA DE VERÃO

“Um jour d’été” (2006, FRA), de Franck Guérin. Com Baptiste Bertin, Catherine Mouchet, Jean-François Stévenin, Théo Frilet, Elise Caron, Philippe Fretun, Brice Hillairet, Anne Lopez, Yann Peira, Thierry Godard.
Quando a trave cai em cima de um goleiro do time juvenil de futebol de uma cidadezinha francesa, a vida de quatro pessoas são alteradas: A de seu melhor amigo, de sua mãe, do prefeito e de um outro menino, enteado do prefeito. Ele se confunde entre qual história se seguir, e acaba perdendo o rumo. Não se dispõe de muito tempo para cobrir um painel tão grande e a história do prefeito é dispensável, ou melhor, poderia ser bem mais necessária se acabasse se conectando com a do seu enteado, o que nunca acontece. Ao menos é um honesto estudo sobre diferentes reações pós-morte, com atuações acima da média.
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NÓS ALIMENTAMOS O MUNDO

“We Feed the World” (2005, AUT) de Erwin Wagenhofer.
Bom documentário, mas que por vezes vira cansativo e didático. Ele se apóia em cima do problema cada vez maior da falta de comida no mundo, passando pela dificuldade de plantação em pequenas fazendas, o preço mais em conta de alimentos transgênicos e disputas econômicas, ligadas ao fortalecimento da União Européia. Também é mostrado o quanto de comida é jogada fora diariamente, e ainda se ouve o outro lado da história, na boca do presidente da Nestlé, que defende a total comercialização da água em um discurso de assustar, principalmente pela coerência de idéias apresentadas, mostrando que essa proposta maléfica é de fácil persuasão tanto para líderes mundiais como para a população e não é difícil de se tornar realidade. O filme inteiro foi criado tendo em mente a cena final, mostrando os fortes contrastes de dois mundos distintos e ainda assim obigados a co-existir.
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