Depois de Chaves de Casa

ESTAMOS BEM MESMO SEM VOCÊ


“Anche Libero va bene” (2006, ITA) de Kim Rossi Stuart. Com Alessandro Morace, Barbora Bobulova, Marta Nobili, Kim Rossi Stuart, Tomasso Ragno, Alberto Mangiante.

A estréia de Kim Rossi Stuart na direção não poderia ter sido melhor. O foco principal aqui é uma família de pai e dois filhos e as atribulações por quais ela passa diariamente. Para complicar, a mãe que tinha os abandonado retorna prometendo que desta vez fica, mas é recebida com desconfiança pelo pai (Rossi Stuart) e pelo filho (Morace). Enquanto em As Chaves de Casa, Rossi Stuart era um pai que buscava se aproximar do filho, aqui ele vai pouco a pouco se afastando enquanto os problemas vão se escalando. Tudo feito com uma sutileza incrível, e um apuro técnico impressionante. Bobulova está ótima, mas o show pertence mesmo as crianças Morace e Nobili, além do diretor que a cada nova atuação parece estar melhor.

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A ESTRELA QUE NÃO É

“La Stella che non c’è” (2006, ITA/FRA/SUI/CIN) de Gianni Amelio. Com Sergio Castellitto, Ling Tai.

Gianni Amelio é definitivamente um cineasta que para você apreciar precisa fazer algumas concessões. Poucas e mínimas. Não porque o que suas personagens fazem são coisas inverossímeis, mas porque elas pertencem a um mundo tão particular, que seus motivos e razões para determinados atos nem sempre são tão claros a primeira vista, mas se olharmos profundamente, está tudo ali explicadinho. O filme seguinte a As Chaves de Casa, mostra um técnico italiano (Castellitto) cuja empresa vende uma máquina com defeito para alguma fábrica chinesa. Não conseguindo advertir os compradores, ele viaja até a China para alertar aos novos donos, e com a ajuda de uma tradutora (Tai), conhece um país completamente diferente do esperado,