Cinema Mon Amour

Monday, January 01, 2007

O Amor Não Tira Férias



O Amor Não Tira Férias



The Holiday (2006, EUA) de Nancy Meyers. Com Kate Winslet, Cameron Diaz, Jude Law, Jack Black, Eli Wallach, Edward Burns, Rufus Sewell, Miffy Englefield, Emma Pritchard, Sarah Parish.


No final do ano, os aficcionados podem esperar por um sub-gênero de filmes que já marcou presença: Os filmes de natal. Existem aqueles bobinhos que pretendem atrair a uma platéia mais adolescente e menos exigente, como Um Natal Brilhante e Menores Desacompanhados. Também há os com cunho mais religioso, como o competente Jesus A História do Nascimento que esteve em cartaz em Campos no mês de dezembro. Mas existe ao menos um por ano, aquela grande produção, com um elenco de destaque e gente talentosa que usa o natal como pano de fundo, para tratar ou de reuniões familiares (Feriado em Família, Tudo em Família) ou de desencontros amorosos (Simplesmente Amor).

É neste último caso em que se inclui O Amor não tira Férias. O filme desde o início se divide em duas histórias paralelas: A da americana Amanda (Diaz) e a da inglesa Iris (Winslet). Ambas temazar com os homens, apesar de sucessos na vida profissional, Amanda sendo dona de uma produtora de trailers e Iris, uma colunista de um jornal inglês. Decidem tirar férias e para fugir dos homens que as estão fazendo miseráveis trocam de casas. Amanda indo para a pacata Surrey, em uma bucólica casa cheia de neve, Íris vai passar o fim de ano em uma mansão na ensolarada Califórnia.

E claro lá elas encontram os homens de suas vidas. E claro, não vai ser uma relação tranqüila do início ao fim. Amanda inicia um romance com o irmão mais velho de Iris, Graham (Law), um editor de livros, enquanto Iris se divide entre um compositor de cinema, Miles (Black) e a amizade com um roteirista da época de ouro de Hollywood, Arthur (Wallach).

As cenas com Arthur são as melhores. Além de simbolizar uma clara homenagem aos filmes feitos antigamente, no sistema de estúdios, faz uma crítica a importância que se dá atualmente aos números de bilheteria, e não háqualidade artística. Talvez seria o melhor e mais importante se um roteirista de verdade assumisse o papel, mas talvez Meyers pensou que a atuação sairia artificial ou que homenagear um seria desprezar os outros. Assim, Arthur simboliza todos os roteiristas daquela época, estejam eles vivos ou mortos.

Como já é de se esperar, os diálogos de Nancy Meyers (Alguém tem que Ceder), são ótimos. É inegável que a parte em Los Angeles, com Kate Winslet seja a melhor e mais trabalhada, mas a melhor interpretação éde Jude Law, um dos melhores atores da atualidade. Ele desenvolve com perfeição todas as camadas de sua personagem que vai ficando cada vez mais complexo e interessante com o passar do filme.

É daqueles filmes que mesmo com pequenas falhas no roteiro, na construção das histórias e algumas bobices espalhadas aqui e ali, produzem um largo sorriso no rosto durante toda a projeção e atédepois do cinema, e algumas grandes gargalhadas em cenas específicas, principalmente quando lidam com as diferenças entre os dois países.

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